A intervenção da Prefeitura na Santa Casa de Suzano reduziu em 50% o número de óbitos na unidade entre os anos de 2009 e 2010 e resultou diretamente na queda da taxa de mortalidade infantil no município. O clima de desconfiança e de insegurança que setores da sociedade tentam criar não coincide com o histórico da Santa Casa que, nos últimos dois anos, serviu de referência para gestantes de Mogi das Cruzes e região e teve seus serviços aprovados por 93% dos usuários.
Em 2004, a mortalidade infantil de Suzano era de 19,6 óbitos por mil nascidos vivos. Uma taxa que superava a média do Estado de São Paulo, que em 2004 foi 14,3. Naquele ano morreram no município 94 crianças antes de completar um ano de vida.
Dados extra-oficiais apontam que Suzano terá, considerando como base o ano de 2010, uma taxa de 11 óbitos por mil nascidos vivos– média que deverá ficar abaixo do registrado no estado. (Veja abaixo quadro comparativo).
Para alcançar este resultado, a administração municipal empenhou investimentos dos mais elementares como a implementação de exames para prevenir e tratar precocemente doenças genéticas, um deles é o Teste do Pezinho (PKU)- que, embora tenha surgido no Brasil em 1974, na maternidade da Santa Casa de Suzano passou a ser rotina a partir da gestão do prefeito Marcelo Candido. Trabalhadores da rede pública municipal de saúde colhiam o Teste PKU na maternidade, já que a antiga administração do hospital alegava não ter condições para realizar tal serviço.
Mesmo com as melhorias na assistência à gestante, expansão da capacidade instalada de serviços, busca ativa de grávidas para o pré-natal, modernização e qualificação do Laboratório Municipal de Suzano, elaboração de protocolo para uniformização do atendimento das equipes dos serviços de atenção básica, a crise hospitalar da assistência ao parto na rede privada e as dificuldades de avançar na parceria do município com a Santa Casa - responsável pela maioria dos partos na cidade - contribuiu de forma decisiva para a resistência da queda da mortalidade infantil em Suzano.
Por essa razão, em agosto de 2009, a Prefeitura decidiu intervir na Santa Casa considerando as recomendações do Ministério Publico do Estado de São Paulo (MP-SP), que desde 2007 investigava a instituição e apontou uma série de irregularidades, entre elas, insuficiência de leitos públicos e de profissionais médicos e de enfermagem, além da cobrança indevida de procedimentos.
Nesses 18 meses de intervenção, uma série de medidas de melhoria da gestão e qualificação do parto, da maternidade e do atendimento no serviço de forma geral foram adotadas e relatadas à população e à Promotoria.
A abertura da Unidade 2 da Santa Casa também demonstra que a intervenção da Prefeitura deu certo e a coragem de assumir um novo hospital foi essencial para evitar que a saúde em Suzano de fato entrasse em colapso por causa do fechamento dos dois hospitais particulares.
Balanço comparativo 2009 e 2010
Taxa de mortalidade infantil na Santa Casa de Suzano
2009: 16,3
2010: 8,1
Redução de 50,3%
Taxa de mortalidade perinatal* na Santa Casa de Suzano
2009: 28,2
2010: 14,6
Redução de 48,2%
*morte de fetos com 28 semanas ou mais de gestação, e de bebês com menos de sete dias
Partos realizados na Santa Casa de Suzano
2009: 3.032
2010: 3.475
Aumento de 14,6%
Fonte: Prefeitura de Suzano
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