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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

No Grajaú, 123 mil pessoas não têm renda alguma

O distrito, na periferia da Zona Sul de São Paulo, concentra o maior número de pobres da cidade.

Claudete Sampaio dos Santos, de 35 anos, é moradora típica do Grajaú, distrito da periferia da Zona Sul de São Paulo. Mãe de dez filhos, faxineira desempregada há três anos, ela é uma das 123.130 pessoas que o Censo 2010 revelou não terem rendimento algum, nesta que é a região mais populosa e pobre da capital paulista. O número dos sem-renda que vivem no Grajaú é equivalente ao das populações inteiras de cidades como Atibaia e Botucatu.

Na quinta à tarde, Claudete caminhava pela Rua Manifesto Popular, na favela à beira do Córrego Vila Nascente, com a filha caçula, Samira, de 2 anos. Analfabeta, depende da ajuda de vizinhos para dar de comer aos cinco filhos que vivem com ela numa casa abandonada onde as ligações de água e luz são clandestinas. “O meu ex-marido deu R$ 100 eeu comprei arroz e feijão para as crianças.”

Além dos sem-renda, o Grajaú reúne quase seis mil pessoas que recebem até meio salário mínimo, 43 mil que ganham de meio a um salário e 90 mil com um a dois mínimos. No total, são 256 mil pobres. “A vida é difícil para todos”, diz.

O porteiro desempregado Severino Gabriel de Andrade, de 63, é outro sem renda do Grajaú. Faz três anos que ele não trabalha, com problemas na coluna. Até o bico na padaria parou de fazer. Ele e os três netos dependem da pensão de R$ 545 da mulher dele, a viúva Maria do Carmo de Lima, de 58, uma ex-empregada doméstica. Eles vivem há 16 anos no Jardim Prainha, perto da Represa Billings. “É uma dificuldade viver tanta gente com esse dinheiro”, afirma Maria do Carmo. Passam necessidade? “Até aqui, não!”, apressa-se Severino na resposta.

Vejá matéria completa no http://www.diariosp.com.br/noticia

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